Cartaz de cinema

"Microassassinos": novas e velhas doenças ameaçam o mundo no canal História

Publicado em 7 Fev. 2016 às 17:34, por filmSPOT, em Notícias de televisão e séries

"Microassassinos": novas e velhas doenças ameaçam o mundo no canal História

A série de produção própria mostra a incidência e os potenciais perigos que a proliferação de doenças parasitárias representam para o futuro da sociedade.

Até há pouco tempo, doenças parasitárias como o ébola, a malária ou o dengue estavam circunscritas às zonas tropicais  do planeta, devido ao clima húmido e quente, condição propícia para o seu surgimento. Contudo, as coordenadas da saúde mundial têm vindo a alterar-se de há alguns anos para cá.

Nunca o mundo foi tão pequeno nem esteve tão ligado. Fatores como o aumento de população, a melhoria dos meios de transporte, ou as alterações climáticas, o risco de contágio já não afeta uma zona geográfica nem uma classe social específica.

Composta por seis episódios, a série documental "Microassassinos" segue a especialista Pilar Mateo num percurso de quase 50 mil em três continentes e seis países (Espanha, Suíça, Gana, Libéria, Colômbia e Bolívia), em locais onde as doenças infeciosas foram especialmente cruéis. A investigação vai conduzí-la ao epicentro de epidemias de ébola, doença de chagas, ou malária, onde o medo de contágio leva a que todos evitem o contacto físico e isolem imediatamente quem tenha uma temperatura superior a 38ºC.

Em cada episódio, "Microassassinos" analisa estes problemas sanitários do ponto de vista multidisciplinar. Cada ameaça tem a sua própria história, lenda, efeitos e resposta científica. Deste modo, a produção mostra casos reais de doenças, dá a conhecer ações concretas levadas a cabo por profissionais e voluntários no terreno para controlar os surtos, apresenta números e dados sobre a repercussão destas epidemias e entrevista os principais investigadores nos laboratórios mais avançados da Suíça ou EUA, para compreender as causas, origem e o modo de propagação destas doenças.

Pilar Mateo é uma das maiores especialistas mundiais no estudo e luta contra insetos que transmitem doenças endémicas. Doutorada em Ciências Químicas pela Faculdade de Química da Universidade de Valência e pelo Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), é especialista do Fórum Unesco e finalista do Prémio Príncipe das Astúrias de Cooperação Internacional.  

Presidente da Inesfly Corporation, especializou-se no microencapsulamento biopolimérico e na investigação de novas ferramentas para o controlo de vetores transmissores de doenças endémicas e controlo de pragas agrícolas. É responsável pelo desenvolvimento de uma linha de revestimentos portadores de partículas inseticidas que demonstraram eficácia na prevenção e luta contra insetos que transmitem doenças parasitárias. Tem, atualmente, sete géneros de patentes em mais de 90 países do mundo.   

Resumo dos seis episódios de "Microassassinos"

Ébola, A Epidemia Perfeita

Segunda-feira, 1 de fevereiro, às 22h50

Em Agosto de 2014 aterrava em Madrid um avião militar com um missionário espanhol gravemente doente com ébola. Entretanto o mundo seguia atónito o progresso de uma epidemia de proporções desconhecidas. Um vírus primitivo e letal estava a produzir uma catástrofe humanitária em três países da África ocidental e ameaçava expandir-se pelo planeta. Mas como teria sido infetado o missionário repatriado? E por que motivo um vírus da selva tinha penetrado nas grandes cidades e atravessado fronteiras? Para averiguá-lo, Pilar Mateo viaja até à Libéria, o país mais castigado pelo vírus ébola.

 

S.O.S. Ébola

Segunda-feira, 1 de fevereiro, às 23h20

O recente surto de ébola veio demostrar que o tempo das grandes epidemias medievais não terminou. Somos vulneráveis, inclusivamente na Europa. Durante o pico da epidemia em África, vários cidadãos ocidentais foram repatriados para receberem tratamento nos seus países. Transportar os doentes parecia um dever humanitário, mas havia um risco significativo: a possibilidade de contágio. Foi o que aconteceu em Madrid. A infeção de uma auxiliar de enfermaria da unidade de isolamento do Hospital Carlos III originou uma crise sanitária sem precedentes. Neste episódio, Pilar Mateo conta como foram atendidos os doentes que sobreviveram ao ébola no Ocidente, enquanto descobre quais foram as medidas chave para controlar o maior surto alguma vez registado desta doença.

   

Malária, o regresso

Segunda-feira, 8 de fevereiro, às 22h50

Em 2013 mais de meio milhão de pessoas morreram com a picada de um mosquito. A maioria tinha menos de cinco anos. Contudo, os doentes foram dezenas de milhões. São os dados da malária, uma doença parasitária transmitida pela fêmea do mosquito anófeles, provavelmente o maior assassino de seres humanos de todos os tempos.

Em Espanha, a erradicação foi obtida em 1964. No entanto, em 2010 foi detetado um caso de transmissão autóctone numa comarca de Aragão. Neste episódio Pilar Mateo ruma ao Gana, um país com alta prevalência da doença. Iremos descobrir como atua, quais os fatores de prevalência e o que está a ser feito para contê-la.

 

Chagas, a doença silenciosa

Segunda-feira, 8 de fevereiro, às 23h20

Numa casa de barro na América Latina, um inseto transmissor do parasita trypanosoma cruzi converte o sono de uma família indefesa num pesadelo que os vai acompanhar enquanto estiverem vivos. É a tripanossomíase americana, mais conhecida como Doença de Chagas, designação recebida graças ao médico brasileiro Carlos Chagas, que a identificou. Atualmente, volta a ser falada na Europa. O motivo? Há dezenas de milhares de casos fora da América Latina pois a doença espalha-se com os movimentos da população.

Porque continua a transmissão da doença de Chagas em alguns países? Para conhecer a realidade originária da doença, Pilar Mateo viaja ao Chaco boliviano onde as pessoas convivem com o inseto conhecido como "barbeiro" e conhece uma nova tecnologia poderia pôr fim ao pesadelo.  

 

Chicungunha, uma maré viral

Segunda-feira, 15 de fevereiro, às 22h50

Os mosquitos da espécie aedes estão a proliferar e, com eles, deslocam-se perigosas viroses que originam surtos epidémicos. Chicungunha, uma expressão desconhecida em Espanha até 2015, é hoje uma ameaça real graças a um mosquito exótico. A picada é dolorosa e as risca no corpo e as patas identificam-no na perfeição: é o tigre asiático.

Como outros mosquitos da espécie aedes, este "tigre" é capaz de transmitir alguns vírus – como o chicungunha – com grande potencial epidémico em territórios da América Latina, mas como terá penetrado no nosso território? A sua proliferação pode ser travada? Existem em condições para que surja um surto de chicungunha na Península Ibérica?

Para conhecer a fundo a ameaça, Pilar viaja até à Colômbia, onde os mosquitos aedes originaram um duplo surto de chicungunha e de dengue. Os técnicos lutam casa a casa, vila a vila, contra o mosquito transmissor. É uma batalha desigual, mas é possível vencer os mosquitos aedes.

 

Sob ameaça

Segunda-feira, 15 de fevereiro, às 23h20

Tendemos a pensar que vivemos num ambiente saudável, mas a ameaça dos microassassinos é permanente e tem capacidade para adaptar-se. A leishmaniose, endémica em zonas tropicais, causa um surto no sul de Madrid; são detetados casos de peste bubónica nos Estados Unidos; o dengue avança sem que ninguém possa travá-lo... entretanto, os especialistas estudam em detalhe a evolução de um vírus que poderia desencadear uma grande mortalidade à escala global: a gripe. E as forças de segurança preparam-se para fazer frente ao grande receio: o terrorismo biológico.

Pilar Mateo viaja para diversos locais na Europa, América do Sul e África, para testar os progressos destes desafios que colocaram o mundo sob ameaça.