Canijo premiado em Berlim

"Mal Viver", do português João Canijo foi hoje premiado com o Prémio do Júri do Festival de Berlim. Parte do díptico com que o realizador esteve presente (o outro filme, "Viver Mal", integrou a secção Encontros), recebeu o terceiro prémio mais importante do palmarés.

O Grande Prémio do Júri foi entregue a "Roter Himmel", de Christian Petzold, que filma as interações de um grupo de artistas numa casa na floresta.

Para receber o galardão principal, o Urso de Ouro de Melhor Filme, o júri escolheu o documentário "Sur l"Adamant", do francês Nicolas Philibert, rodado numa estrutura flutuante localizada no Sena, no coração de Paris, que acolhe adultos com perturbações mentais.

Outro francês, Phillippe Garrell recebeu o Urso de Prata para a melhor realização por "Le grand chariot", história de uma família de bonecreiros que tenta manter a sua arte viva.

Os prémios de representação foram para Sofía Otero, por "20.000 especies de abejas", do espanhol Estibaliz Urresola Solaguren, e Thea Ehre, por "Bis ans Ende der Nacht", do alemão Christoph Hochhäusler.

O palmarés da competição principal fechou com os Ursos de Prata entregues a Angela Schanelec pelo argumento de "Music", que também realizou, e Hélène Louvart, diretora de fotografia em "Disco Boy", de Giacomo Abbruzzese.

Na secção Encontros, a segunda mais importante da Berlinale, o prémio principal foi para "Here", do belga Bas Devos, um olhar minucioso sobre relações humanas centrado num trabalhador da construção civil romeno e numa jovem doutoranda empregada num restaurante.

A mexicana Tatiana Hueso ganhou o prémio de melhor realização por "El Eco".

O Prémio Especial do Júri, ex-aequo, foi para "Samsara", de Lois Patiño, e "Orlando, ma biographie politique", de Paul B. Preciado.